segunda-feira, 13 de setembro de 2010
do p.A.Vieira - no sermão da rainha Santa Isabel
-" Primeiramente digo, que sim deixou Isabel a coroa, mas deixou-a sem a deixar, demitiu-a sem a demitir, e renunciou-a sem a renunciar. Era Isabel rainha, mas que rainha? Uma rainha que debaixo da púrpura trazia perpetuamente o cilício : uma rainha, que assentada à mesa real, jejuava quase todo o ano a pão e água : uma raíiha, que quando se representavam as comédias, os saraus, os festins, ela estava arrebatada no Céu, orando e contemplando : uma ranha, que por dentro da sua coroa lhe estavam atravessando a cabeça e o coração os espinhos da coroa de Cristo : uma rainha, que adorada e servida dos grandes do seu reino, ela servia de joelhos aos pobres, e lhes lavava os pés com suas mão, e lhes curava e beijava as chagas. Desta maneira usava Isabel da coroa, ajuntando e unindo na pessoa da raiínha, dous extremos tão distantes, e dous exercícios tão contrários ; e isto digo que foi deixar a coroa sem a deixar."
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