terça-feira, 26 de abril de 2011
do p.A.Vieira - do sermao do Santissimo Nome de MAria
S^e tu, Adao, diz Deus, artifice dos nomes, ja´ que o nao podes ser das cousas. Foram formadas por mim, sejam nomeadas por ti. Partamos entre ambos a Gloria desta grande obra: a mim reconheçam-me por seu Autor pelo direito da natureza, e a ti por seu senhor, pela imposiçao dos nomes: da´ tu o nome aos que eu dei a essencia. Nao podia o homem subir a maior dignidade, que a partir Deus com ele a gloria da criaçao do Mundo. Mas nesta partiçao, ou partilha, que parecia tao igual, ainda houve uma forçosa desigualdade, e diferença grande. O homem pode dar o nome, mas nao pode dar a essencia: so´ Deus pode dar as essencias ainda que nao d^e os nomes. Mas quando Deus da´ o nome, e´ tal a eficacia da palavra e nomeaçao divina, que pelo mesmo nome fica obrigado Deus a dar tambem o significado, e a essencia. Isto e´ o que disse Platao, e esta a segunda maior gloria do nome de Maria. Se Deus antes de escolher e predestinar aquela humilde donzela de Nazare´ lhe dera o nome de Maria, era Deus obrigado por força deste nome a dar `a mesma Virgem a dignidade de Mae, e todas as outras excelencias e graças para que foi predestinada: porque faltando ao nome o seu significado, e `a pessoa nomeada a sua dignidade, e `a dignidade as suas prerrogativas, faltaria tambem Deus (o que e´ impossivel) `a verdade da sua palavra, e nao seria a nomeaçao divina, nem ainda humana, como as de Adao no Paraiso.
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