Generalizações
Perigoso é, muitas vezes, generalizar. A sensatez e a inteligência provocam-nos uma análise mais profunda antes de formarmos um juízo e tomar uma decisão.
Ao vermos uma mulher vestindo-se com simplicidade fora dos rigores da moda rococó, envergando traje de saldos ou de promoções nem podemos concluir que é uma pobretainas nem que estamos observando uma senhora desleixada, de mau gosto. E, se nos entregam uma caixa bem envolvida com um papel bonito e decorada com um lacinho elegante, não devemos concluir que dentro iremos encontrar um diamante.
E na política, passa-se muito de semelhante.. O falar alto e constante, atacando tudo a torto e a direito, normalmente tem como consequência, o orador entrar em contradições profundas, apregoando o sim onde antes dizia não e não raro acusando-se a si próprio de mentirosos por procedimentos actuais opostos ao que antes apregoou. Muitos fiam-se na fraca memória dos que os ouvem, sem temor das consequências.
terça-feira, 28 de agosto de 2018
segunda-feira, 27 de agosto de 2018
A condição humano
A partir de certa idade, muito variável de humano para humano,, a mulher e o homem passam a ser quase meros espectadores do espectáculo da vida.
De acordo com a sua capacidade cerebral observa mais ou menos, com maior ou menor profundidade, avalia com maior ou menor justeza e julga com mais ou menos sensatez tudo o que se passa à sua volta. A curiosidade, o interesse, a sua bondade ou maldade, levanta-lhe dúvidas, por vezes nascem-lhe decisões, impulsos mais ou menos intensos resultantes do acordo ou do desacordo com as circunstâncias que o estão sensibilizando, no sentido de auxiliar o próximo ou demonstrar desacordo com outro ou outros.
Se está só, actua de forma diferente do que precede se está acompanhado .
E se está dentro duma multidão, aí passa a estar mais ou menos sujeito à psicologia das massas.
O cão, numa matilha, deixa de ser o maior amigo do homem.
A partir de certa idade, muito variável de humano para humano,, a mulher e o homem passam a ser quase meros espectadores do espectáculo da vida.
De acordo com a sua capacidade cerebral observa mais ou menos, com maior ou menor profundidade, avalia com maior ou menor justeza e julga com mais ou menos sensatez tudo o que se passa à sua volta. A curiosidade, o interesse, a sua bondade ou maldade, levanta-lhe dúvidas, por vezes nascem-lhe decisões, impulsos mais ou menos intensos resultantes do acordo ou do desacordo com as circunstâncias que o estão sensibilizando, no sentido de auxiliar o próximo ou demonstrar desacordo com outro ou outros.
Se está só, actua de forma diferente do que precede se está acompanhado .
E se está dentro duma multidão, aí passa a estar mais ou menos sujeito à psicologia das massas.
O cão, numa matilha, deixa de ser o maior amigo do homem.
domingo, 26 de agosto de 2018
" O silencio tantas vezes inoportuno dos monumentos" de Alexandre Herculano no " Do estado das classes servas na Península".
A Sé de Lisboa é uma catedral monumental, à primeira vista de estilo românico mas no interior, em sucessivos acrescentos e reconstruções, inclui diversos outros estilos. Construida a partir de 1147 sofreu grande destruição com o terramoto de 1755, com sucessivas restaurações até à última inauguração em 1940, das últimas reconstruções.
O outro dos mais importantes monumentos de Lisboa é o mosteiro dos Jerónimos construído durante cem anos a partir do ano 1501., no estilo chamado manuelino.
Na construção destes e de tantos outros, na idade média, trabalharam milhares de obreiros muitos deles em grandes grupos que se deslocavam por toda a Europa,. Com diversas especialidades desde os simples partidores de pedra até aos mais refinados escultores de figuras da história. Como as dezenas que figuram no mosteiro dos Jerónimos.
Se as pedras desses e de todos os monumentos falassem que vidas poeriam descrever , as suas agruras, a fome passada por muitos nos intervalos entre obras, as caminhadas ao sol, ao vento, às chuvas e ao frio por que passaram muitos senão quase todos.
A Sé de Lisboa é uma catedral monumental, à primeira vista de estilo românico mas no interior, em sucessivos acrescentos e reconstruções, inclui diversos outros estilos. Construida a partir de 1147 sofreu grande destruição com o terramoto de 1755, com sucessivas restaurações até à última inauguração em 1940, das últimas reconstruções.
O outro dos mais importantes monumentos de Lisboa é o mosteiro dos Jerónimos construído durante cem anos a partir do ano 1501., no estilo chamado manuelino.
Na construção destes e de tantos outros, na idade média, trabalharam milhares de obreiros muitos deles em grandes grupos que se deslocavam por toda a Europa,. Com diversas especialidades desde os simples partidores de pedra até aos mais refinados escultores de figuras da história. Como as dezenas que figuram no mosteiro dos Jerónimos.
Se as pedras desses e de todos os monumentos falassem que vidas poeriam descrever , as suas agruras, a fome passada por muitos nos intervalos entre obras, as caminhadas ao sol, ao vento, às chuvas e ao frio por que passaram muitos senão quase todos.
quinta-feira, 23 de agosto de 2018
Sempre que me viro para o meu lado esquerdo tenho palpitações
E se me viro para a direita perco a visão
Se encaro as coisas olhando para o sul procuro o mar, o meu maior amor
Voltando-me para o norte começam as tonturas, os riscos de incêndios
E do leste dizia-me a dona Laura que de lá nem bom vento nem bom casamento
Para oeste nada de novo, um dia o sol deixa de ali aparecer
E resolvo passar a olhar mais para o céu
E se me viro para a direita perco a visão
Se encaro as coisas olhando para o sul procuro o mar, o meu maior amor
Voltando-me para o norte começam as tonturas, os riscos de incêndios
E do leste dizia-me a dona Laura que de lá nem bom vento nem bom casamento
Para oeste nada de novo, um dia o sol deixa de ali aparecer
E resolvo passar a olhar mais para o céu
Com os pés bem assentes
- Lá estás tu, Fernando, com a mania da cultura, das ciências, das artes, Tudo tretas que não nos resolvem nada na vida...
- Mas Chico, saber um pouco de matemática...
- Pergunta ao teu barbeiro para que serve essa coisa.
- Chico, conhecer um pouco de latim, uns resquícios de grego...
- O caixa lá do banco vê-se grego sempre que me vê...
- Concordarás que uns conhecimentos de geometria...
- A cozinheira da minha avós não usa a geometria para fazer o esparregado.
- Mas olha que a gramática é sempre útil...
- Muito, para qualquer pescador
- No entanto repara que a pintura, os bons pintores, desde antes da renascença, até hoje...
- Os pobres não se alimentam de pinturas, desejando estão eles que lhes peçam trabalhos desses
- Ciico, és um básico
- Pois é tenho os pés assentes numa boa base.
- Lá estás tu, Fernando, com a mania da cultura, das ciências, das artes, Tudo tretas que não nos resolvem nada na vida...
- Mas Chico, saber um pouco de matemática...
- Pergunta ao teu barbeiro para que serve essa coisa.
- Chico, conhecer um pouco de latim, uns resquícios de grego...
- O caixa lá do banco vê-se grego sempre que me vê...
- Concordarás que uns conhecimentos de geometria...
- A cozinheira da minha avós não usa a geometria para fazer o esparregado.
- Mas olha que a gramática é sempre útil...
- Muito, para qualquer pescador
- No entanto repara que a pintura, os bons pintores, desde antes da renascença, até hoje...
- Os pobres não se alimentam de pinturas, desejando estão eles que lhes peçam trabalhos desses
- Ciico, és um básico
- Pois é tenho os pés assentes numa boa base.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
" A medida por que Deus conta os graus dos méritos da vida é a da pureza do coração; é a do aperfeiçoamento da inteligência."
" Porque a liberdade não é tanto um fim como um meio: quere-se a liberdade não tanto para as nações serem livres, como para serem felizes".
De Alexandre Herculano em Opúsculos I
" Porque a liberdade não é tanto um fim como um meio: quere-se a liberdade não tanto para as nações serem livres, como para serem felizes".
De Alexandre Herculano em Opúsculos I
terça-feira, 21 de agosto de 2018
A língua portuguesa, penso que todas as línguas, tem expressões por vezes estranhas, para muitos incompreensíveis, para outros caricatas ou hilariantes. Estranhas como a que referi noutra mensagem, incompreensíveis para os portugueses nascidos noutros países ou em muitos dialectos, por vezes caricatas quando exprimem para alguns, o ridículo das situações.
Por aqui, os pescadores profissionais usam duma gíria, em muitos casos só por eles compreendida. O " nan sará fácel", o "vou-me á da minha mãe", o "dêtar os pêtos prá bôca" são exemplos curiosos do dialecto algarvio.
Por aqui, os pescadores profissionais usam duma gíria, em muitos casos só por eles compreendida. O " nan sará fácel", o "vou-me á da minha mãe", o "dêtar os pêtos prá bôca" são exemplos curiosos do dialecto algarvio.
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