sexta-feira, 4 de junho de 2010
do p.A.Vieira- - deste discurso...
-" Deste discurso se segue uma conclusão tão certa como ignorada ; e é , que os homens não amam aquilo que cuidam que amam. Porquê ? Ou porque o que amam não é o que cuidam , ou porque amam o que verdadeiramente não há. Quem estima vidros, cuidando que são diamantes, diamantes estima, e não vidros : quem ama defeitos. cuidando que são perfeições, perfeições amam, e não defeitos. Cuidais que amais diamantes de firmeza, e amais vidros de fragilidade : cuidaiis que amais perfeições angélicas, e amais imperfeições humanas. Logo os homens não amam o que cuidam que amam. Donde também se segue, que amam o que verdadeiramente não há ; porque amam as cousas, não como são senão como as imaginam, e o que se imagina, e não é, não o há no mundo. "
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