sábado, 4 de dezembro de 2010

do p.A.Vieira - no sermão de Santa Iria

 -" Os santos doutores, esquadrão também laureado, não fizeram ou não se desfizeram menos por ser santos. Foram a luz do mundo, e o sal da Terra ; e assim como a tocha se consome para alumiar, e o sal se derrete para conservar ; assim eles para alumiar as cegueiras do nundo e  conservar a Fé e a Religião em sua pureza, não só se pode dizer com verdade, que consumiram a vida, mas que derreteram e estilaram a  alma. Todos esses livros, tantos e tão admiráveis , de S. Basílio, de S:Crisóstomo, de Santo Atanásio, de Santo Ambrósio, de S.Jerónimo, de Santo Agostinho, e dos dous Gregórios, quatro doutores da Igreja grega, e quatro da latina, e os dous que depois se acrescentaram a este sagrado gúmero de S.Tomás, e S.Boaventura ; os livvros igualmente doutíssimos dos santos bispos, Hilário, Cipriano, Fulgêncio, Epifãmio, Isidoro, e um e outro Cirilo ; e os dos antiquíssimos padres, Clemente Romano, Dionísio Areopagita, Irineu, Justino,Gregório Taumaturgo, Clemente Alexandrino, Lactâncio, e infinitos outros. Todos estes escritos, digo, cheios de divina e celestial doutrina, que outra cousa são sem encarecimento nem metáfora, senão as almas dos mesmos santos, e as quintas-essências dos seus entendimentos, estiladas pela pena ?

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