segunda-feira, 16 de agosto de 2010
do p.A.Vieira - no sermão de Santo António
-" Para que se veja com quanta cautela, com quanta circunspecção, e com quanta vigilância havia de viver António como argos de si mesmo, e como réu de sua própria ciência, exposto aos olhos, ouvidos, e línguas, não de uma, mas de muitas comunidades, e comunidades de gente regular, cujos olhos são os mais agudos para ver, cujos ouvidos os mais despertos para ouvir, e cujas línguas as mais prontas para não perdoar ; e todos, por tudo, os mais linces, para nada se lhes esconder. Assim estudava e se desvelava a sua humildade depois de jubilado nas letras, por conseguir na opinião o grau de idiota : estudo tanto mais dificultoso à natureza e à honra, quanto é mais custoso à presunção abater as sobrancelhas, que queimar as pestanas. Mas isto se entende daquela ciência que se aprende nas escolas públicas da vaidade, e não debaixo do magistério secretíssimo da Divindade, cuja segunda Pessoa, como lhe tinha dado, para se esconder, o exemplo ; assim lhe comunicou, para ensinar, o docuerit. "
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