sexta-feira, 6 de maio de 2011
do p.A.Vieira - no sermão de N-ª Srª da Graça
Digo pois e torno a dizer, que havendo de fazer esvolha entra a gfória e a graça, conforme o nosso tema: Maria optimam partem elegit, antes devemos escolher a graça, que a glória. E isto por uma razão, senão por muitas. Seja a primeira, porque a a graça envolve consigo a glória: e ainda que possa haver graça sem glória, não pode haver glória sem graça. A graça é fundamento da glória, e a glória é consequência da graça: a graça a ninguem é devida, e a glória é divida a todo o que está em graça. Diz o apóstolo S. Pedro, que na graça, que é a forma com que Deus nos faz participantes da natureza divina, nos deu as maiores e mais preciosas promessas. Este é o sentido daquelas palavras: "Per quem maxima, et pretiosa nobis promissa donavit, ut per hace efficiamini divinae consortes naturae. De sorte que na dádiva nos deu Deus a dádiva e mais as promessas. Mas se as promessas são de futuro, e a dádiva de presente, como nos deu as promessas na dádiva? Porque as promessas futuras são a gloória e bem-aventiurança que havemos de gozar no Céui; a dádiva presente é a graça de que já gozamos na Terra: e porque na graça se envolve a glória e bem-aventurança, que lhe é devida, por isso quando nos deu a dádiva, nos deu juntamente as promessas: Maxima et pretiosa nobis promissa donavit.
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