segunda-feira, 9 de maio de 2011
do p.A.Vieira - no sermão de Nossa Senhora do Ó
"in eternidade e o desejo, são duas cousas tão parecidas, que ambas se retratam com a mesma figura. Os Egípcios nos seu jeroglificos, e antes deles os Caldeus, para representar a eternidade pintaram um O: porque a figura circular não tem princípio, nem fim; e isto é ser eterno. O desejo ainda teve melhor pintor, que é a natureza. Todos os que desejam, se o afecto rompeu o silêncio e do coração passou à boca, o que peonunciam naturalmente é O. Desejou David a água da cisterna de Belém, e antes de declarar aos soldados qual era o seu desejo, adiantou-se um O a dizer que desejava: Desideravit ergo David, et ait: Oh si quis mihi daret potum aquae de cisterna quae est in Bethelchem! O O foi a voz do desejo, as demais a declaração. E acomo a natureza em um O deu ao desejo a figura da eternidade, e a arte em outro O deu à eternidade a figura do desejo; não há desejo, se é grande, que na tardança e duração não tenha muito de eterno."
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