sábado, 25 de junho de 2011
do p.A.Vieira - no sermão vigésimo terceiro
"Chamados os operários à vinha do pai de famílias, uns vieram mais cedo, outros mais tarde; uns trabalharam mais, outros menos; e no fim do dia o pai de famílias, que representava a Deus, mandou pagar a todos e a todos se deu a mesma moeda. Chamava-ze esta moeda denário, com o nome derivado do número dez, porque no peso e no preço, continha o valor de dez moedas menores. Pois se uns vieram à vinha cedo e outros tarde, se uns trabalharam muito e outros pouco, porque paga Deus a todos igualmente com a mesma moeda e com o mesmo denário ? Porque o denário significa a glória essencial, que nesta parábola se declara pela proporção numérica. E posto que na mesma glória, os que trabalharam mais, ou menos, a terão maior, ou menor, quanto ao grau, sempre é necessário que todos a recebam igual, quanto ao número. A razão é, como dizia: porque o prémio deve ser proporcionado ao merecimento: e como o merecimento não pode ser menor que o de todo o Decálogo, também o prémio não pode ser menor que o de todo o denário. Mas como no mesmo Decálogo pode ser mais ou menos perfeita a observância, assim no mesmo denário pode ser mais ou menos perfeito o grau de glória. Sempre porém é igual em todos o número de dez no denário, porque sempre há-de ser igual em todos o número de dez no Decálogo: Usque ad servantes praecepta Decalogi."
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