sexta-feira, 3 de junho de 2011
do p.A.Vieira - no sermão decimo segundo
"Nao e´ a mesma cousa um leao morto, que vivo: e tao vivo, vigilante e armado, como o que a nossa fantasia nao desenganada com tantas experiencias espera ou presume vencer. Olhemos-lhe bem para os dentes, e para as unhas. Assim se hao-de conquistar tantas fortalezas no mar e na terra, tao regularmente edificadas, tao abundantemente providas, tao artilhadas, tao presidiadas, e nao so´ nas fortes muralhas, mas nos fossos, nas estacadas, e com todo o genero de fortificaçoes exteriores tao defendidas? Assim se desprezam os cabos tao experimentados em outras guerras, e tantos e tao luzidos regimentos criados e envelhecidos na disciplina militar, vestidos e armados, e nao despidos, sustentados das praças, e adegas de Amsterdao, e nao mortos de fome? Finalmente, assim se ha´-de recuperar uma provincia mais estendida que muitos reinos, cujas leguas se contam a centos, cujas terras se ganharam a palmos, cujos rios a cortam, cujos portos a fecham, cujos mares abertos a todos os ventos, e o fundo que nao sofre amarras, e come as ancoras, a defende e segura de largo sitio?"
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